O município de São Paulo se tornou referência mundial com a implementação do Programa de Proteção Cerebral para Prevenção de Sequelas Neurológicas em Bebês, uma lei de autoria do vereador PAULO FRANGE, que tem como objetivo reduzir a mortalidade infantil e transformar a assistência a bebês de alto risco.
A legislação garante que as maternidades públicas da cidade utilizem tecnologia avançada para monitoramento da atividade cerebral dos recém-nascidos, em tempo real, 24 horas por dia, por meio da telemedicina. O programa é realizado com o apoio de uma equipe multiprofissional dedicada à implementação de protocolos de assistência estruturada, promovendo um atendimento preciso e contínuo.
O programa é um marco para a saúde neonatal no Brasil e no mundo, pois São Paulo é a primeira cidade a implementar um sistema de monitoramento integral em todas as suas UTIs neonatais. A central de monitoramento é composta por uma equipe especializada e multiprofissional que acompanha os bebês à distância, realizando um acompanhamento constante das condições neurológicas dos pacientes, ajudando a evitar paralisia cerebral, cegueira, surdez infantil e retardo mental nos recém-nascidos.
Desde o início da implementação, em maio de 2023, já foram monitorados 1.318 recém-nascidos, totalizando mais de 88 mil horas de monitoramento, estabelecendo um recorde mundial. O sistema já está presente em sete maternidades da capital paulista: Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, no Campo Limpo; Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, na Vila Nova Cachoeirinha; Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni, no Rio Pequeno; Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto, em Ermelino Matarazzo; Hospital Municipal Prof. Dr. Waldomiro de Paula, em Itaquera; e no Hospital Municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista.
Os dados mostram que a maior parte dos bebês monitorados possui características de risco, como prematuridade e baixo peso ao nascer, com mais de 50% pesando menos de 1500g e quase 20% pesando abaixo de 1000g. A maioria dos neonatos tem menos de 34 semanas de gestação, reforçando a importância do monitoramento neurológico precoce.
“Com a implementação da lei, São Paulo fortalece seu compromisso com a saúde pública, garantindo um atendimento de excelência aos bebês em risco e colocando a cidade na vanguarda da inovação em saúde neonatal”, destacou o vereador, autor da lei.
Esse avanço é fruto de trabalho científico premiado internacionalmente, com a colaboração do Dr. Gabriel Variane, coordenador da UTI Neonatal Neurológica da Santa Casa de São Paulo, que esteve na tarde de hoje, terça-feira (1/4), no gabinete do vereador, acompanhado do Prof. Dr. Maurício Magalhães, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.